Os biodigestores têm sido amplamente promovidos como uma alternativa de baixo custo para o tratamento de esgoto doméstico, especialmente em áreas rurais e empreendimentos isolados. No entanto, evidências técnicas e experiências de campo revelam limitações significativas desses sistemas, tanto do ponto de vista da eficiência ambiental quanto da viabilidade a longo prazo.
Este artigo reúne dados técnicos, normas de referência e estudos de caso para demonstrar os principais problemas operacionais dos biodigestores e propor soluções mais eficientes, como as Estações de Tratamento de Esgoto Compactas TSX GAREMP.
Problemas Comuns dos Biodigestores
- Saturação e Substituição Prematura de Sumidouros
Estudos como o de Figueiredo (2019), desenvolvido na UNICAMP, apontam que a saturação dos sumidouros ligados aos biodigestores é uma realidade frequente, sobretudo pela densidade excessiva de fossas por área. No caso da comunidade de Pedra Branca (Campinas/SP), a densidade era mais de três vezes superior ao recomendado pela USEPA, acelerando a saturação do solo e demandando a substituição de sistemas em menos de cinco anos de uso.
- Não Conformidade com Normas Técnicas Atuais
Diversos sistemas de biodigestores ainda são projetados com base em normas obsoletas e não atendem às exigências das normas atualizadas, como:
• ABNT NBR 17076:2024 – Estabelece os requisitos para projeto de sistemas de tratamento de esgoto de menor porte, com vazão diária de até 12.000 L/dia e carga de até 3,80 kgDBO/dia;
• ABNT NBR 12209:2011 – Estabelece os critérios técnicos para projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário, incluindo aspectos construtivos, hidráulicos, de operação e manutenção.
Além disso, esses sistemas raramente atingem os padrões de lançamento de efluentes exigidos pela Resolução CONAMA 430/2011, que determina limites rigorosos para parâmetros como DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), sólidos suspensos e coliformes termotolerantes.
- Queda de Eficiência e Falta de Manutenção
Segundo estudos da SABESP e publicações da CETESB, biodigestores recém-instalados podem apresentar uma eficiência de remoção de DBO entre 60% e 70%. No entanto, esse desempenho reduz consideravelmente após os primeiros meses de operação sem a devida manutenção.
A ausência de retirada periódica do lodo acumulado leva ao entupimento do sistema, ao retorno de esgoto e ao transbordamento, agravando a emissão de odores e o risco ambiental.
A manutenção envolve:
• Esvaziamento manual do lodo com equipamentos apropriados;
• Transporte do material para leitos de secagem, o que exige infraestrutura e logística específica;
• Destinação adequada do lodo seco conforme legislações ambientais.
Essas atividades geram custos ocultos que comprometem a promessa de “baixo investimento inicial” e tornam os biodigestores soluções economicamente desfavoráveis no médio e longo prazo.
- Retrocesso Ambiental e Legal
A disposição inadequada de efluentes com alta carga orgânica sem tratamento complementar representa um retrocesso ambiental e coloca em risco a saúde pública. Esses lançamentos comprometem a qualidade da água superficial e subterrânea, dificultando a obtenção de licenças ambientais e contrariando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Solução Eficiente: ETE Compacta TSX GAREMP
Diante desse cenário, é imprescindível adotar soluções que garantam:
• Conformidade com normas técnicas atualizadas;
• Tratamento completo em todas as etapas;
• Baixa necessidade de manutenção;
• Segurança ambiental e operacional.
A Estação de Tratamento de Esgoto Compacta TSX GAREMP se apresenta como uma alternativa tecnológica superior, que substitui com segurança e eficiência os biodigestores convencionais. Seus principais diferenciais incluem:
• Conformidade com a NBR 17076:2024, NBR 12209:2011 e Resolução CONAMA 430/2011;
• Tratamento completo em um único tanque de PRFV, do gradeamento à desinfecção;
• Redução da frequência de manutenção, com sistema de retirada de lodo simplificado;
• Alta durabilidade estrutural com proteção UV, nervuras e reforços para instalação enterrada;
• Automação e controle inteligente, garantindo desempenho contínuo mesmo sem acompanhamento diário.
As ETEs TSX GAREMP são ideais para loteamentos, empreendimentos turísticos, indústrias, instituições e condomínios, atendendo à demanda real de tratamento com segurança, legalidade e sustentabilidade.
Conclusão
Biodigestores podem parecer soluções viáveis no curto prazo, mas sua manutenção complexa, ineficiência a longo prazo e falta de atendimento às normas técnicas atuais resultam em prejuízos financeiros, operacionais e ambientais.
As Estações Compactas TSX da GAREMP oferecem a solução definitiva para o tratamento descentralizado de esgoto, aliando tecnologia, confiabilidade e conformidade com a legislação ambiental vigente.

Referências Bibliográficas
• Figueiredo, I. C. S. (2019). Tratamento de esgoto na zona rural: um estudo de caso em Pedra Branca, Campinas/SP. UNICAMP.
• CETESB (2014). Sistemas alternativos de tratamento de esgoto. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br
• ABNT NBR 17076:2024. Projeto de sistema de tratamento de esgoto de menor porte – Requisitos.
• ABNT NBR 12209:2011. Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário.
• CONAMA 430/2011. Condições e padrões de lançamento de efluentes.
• SABESP. Relatórios técnicos internos e dados de campo sobre desempenho de biodigestores e sistemas descentralizados.
• GAREMP – Soluções Sustentáveis. Catálogo Técnico da ETE Compacta TSX.